O Bem Amado é nada mais que uma paródia do Brasil atual. E olhe que a peça que deu origem à novela que virou série para, enfim, virar filme, foi escrita na década de 60.
Mas não parece.
As gerações que não acompanharam a exibição na TV na década de 1970 ou não viram qualquer montagem do espetáculo poderam conferir esta semana no teatro Guararapes no Centro de Convenções a R$8,00 (inteira) ou R$4,00 (meia), semana Cine-PE ou a partir de julho, quando o filme entra em circuito naciona, a comédia da política nacional.
Outra oportunidade para conferir a história é uma microssérie na TV Globo, mas esta não tem data ainda para ir ao ar. A produtora Paula Lavigne adiantou que o filme será transformado num produto de quatro capítulos. Segundo ela, foram filmados 20 minutos a mais de cenas para serem exibidas exclusivamente na TV.
A história conta a saga de Odorico Paraguaçu, que assume a prefeitura de Sucupira após fazer uma única promessa de campanha: construir o primeiro cemitério da cidade. O problema é que durante sua gestão ninguém morre, impedindo a inauguração do empreendimento funerário.
O filme é dirigido pelo pernambucano Guel Arraes que tem na política três parentes: o pai, Miguel Arraes, a irmã, Ana Arraes, e o sobrinho, Eduardo Campos, o governador de Pernambuco.
Durante o desenrolar da trama, aspectos que provocam risos, mas que são bem presentes (infelizmente) no noticiário político: desvio de verba, formação de caixa 2, superfaturamento de obras, conchavos escusos... Isso faz você lembrar de algo ou de alguém? Tudo faz parecer que o roteiro foi escrito hoje mesmo.
O filme cumpre uma missão importante, pois abre os olhos de quem, muitas vezes não se convence da realidade.
Aos amigos políticos fica um recado: não sejam um tipo de Odorico Paraguaçu. Estou fazendo minha parte. E você?
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