Acusada de torturar uma menina de 2 anos, que estava sob sua guarda para adoção, a procuradora é considerada foragida desde a semana passada, quando teve a prisão decretada pela Justiça.
Na segunda-feira (10), a Justiça do Rio negou liminar que pedia a liberdade provisória da procuradora aposentada. A decisão é referente a um pedido feito no dia 7 de maio pelo advogado da procuradora. O advogado da procuradora, Jair Leite Pereira, afirmou que vai aguardar o julgamento do mérito para que sua cliente se entregue.
Segundo a desembargadora Gizelda Leitão Teixeira, da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, "os argumentos trazidos na impetração são contrariados pela realidade que se tem notícia". Ela afirmou também que constatou "depoimentos de testemunhas presenciais da crueldade com que a menor seria tratada dentro de casa". O texto da decisão ainda ressalta que a menina era constantemente espancada com socos, chutes, puxões de cabelo e era mantida trancada em um quarto.
O Disque-Denúncia informou nesta quarta-feira que recebeu, em apenas um dia, quase o dobro de ligações sobre o paradeiro da procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant'Anna Gomes, 57, foragida após divulgar cartaz da suspeita na tarde de terça (11). O órgão recebeu 18 denúncias que já estão sendo investigadas por policiais civis e militares na manhã de hoje.
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