Estima-se que haja mais de sete milhões de trabalhadores domésticos no Brasil, dos quais cerca de 95% seriam mulheres. Além disso, o governo federal avalia que a maioria das empregadas domésticas são negras. Por essa razão, vários participantes de debate realizado pelo Senado nesta quarta-feira (27) afirmaram que a situação das empregadas domésticas no país ainda está vinculada a problemas de gênero e raça, entre outros fatores, e remete à escravidão.
Esse debate, promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), foi realizado nesta quarta-feira para homenagear o Dia da Empregada Doméstica, que se celebra em 27 de abril.
Representante da ONU Mulheres, entidade criada com a recente reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), Ana Carolina Querino afirmou que o trabalho doméstico, na América Latina, "reúne as principais características da discriminação contra a mulher e a população negra, no caso do Brasil, e indígena, nos outros países da região". A presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Maria Oliveira, apresentou argumentos semelhantes.
Assim como Creuza Maria, a representante da ONU Mulheres disse que a forma como muitas empregadas domésticas são tratadas "é uma das principais heranças do período de escravidão no Brasil". Como exemplo, ela citou a dificuldade dessas mulheres para ter acesso aos mesmos direitos que outros trabalhadores.
- No entanto, o trabalho doméstico, remunerado ou não, é fundamental para o funcionamento da economia, ou seja, para a geração de riquezas - ressaltou.
Ana Carolina reiterou que, "se não houvesse esse apoio para a realização de atividades cotidianas como alimentação, limpeza da casa e cuidados com os filhos, não seria possível para muitas pessoas sair rumo ao trabalho". Ela também observou que, com a maior inserção das mulheres no mercado de trabalho, a demanda por trabalhadores domésticos vem se ampliando ainda mais.
Apesar de reconhecer os problemas do setor, como é o caso do trabalho infantil, a ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, mostrou-se otimista. Ela declarou que, "se hoje existem, infelizmente, 300 mil meninas e adolescentes trabalhando em atividades domésticas, a situação já foi muito pior no passado, quando o número era mais que o dobro disso".
- E essa redução se tornou possível por causa de anos de luta. As mudanças são lentas, mas isso não significa que não estejam acontecendo - disse a ministra.
Esse debate, promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), foi realizado nesta quarta-feira para homenagear o Dia da Empregada Doméstica, que se celebra em 27 de abril.
Representante da ONU Mulheres, entidade criada com a recente reforma da Organização das Nações Unidas (ONU), Ana Carolina Querino afirmou que o trabalho doméstico, na América Latina, "reúne as principais características da discriminação contra a mulher e a população negra, no caso do Brasil, e indígena, nos outros países da região". A presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creuza Maria Oliveira, apresentou argumentos semelhantes.
Assim como Creuza Maria, a representante da ONU Mulheres disse que a forma como muitas empregadas domésticas são tratadas "é uma das principais heranças do período de escravidão no Brasil". Como exemplo, ela citou a dificuldade dessas mulheres para ter acesso aos mesmos direitos que outros trabalhadores.
- No entanto, o trabalho doméstico, remunerado ou não, é fundamental para o funcionamento da economia, ou seja, para a geração de riquezas - ressaltou.
Ana Carolina reiterou que, "se não houvesse esse apoio para a realização de atividades cotidianas como alimentação, limpeza da casa e cuidados com os filhos, não seria possível para muitas pessoas sair rumo ao trabalho". Ela também observou que, com a maior inserção das mulheres no mercado de trabalho, a demanda por trabalhadores domésticos vem se ampliando ainda mais.
Apesar de reconhecer os problemas do setor, como é o caso do trabalho infantil, a ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, mostrou-se otimista. Ela declarou que, "se hoje existem, infelizmente, 300 mil meninas e adolescentes trabalhando em atividades domésticas, a situação já foi muito pior no passado, quando o número era mais que o dobro disso".
- E essa redução se tornou possível por causa de anos de luta. As mudanças são lentas, mas isso não significa que não estejam acontecendo - disse a ministra.
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