quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mulheres aumentam participação no mercado de trabalho no Brasil mas as desigualdades persistem


Um estudo sobre o Perfil do Trabalho Decente no Brasil detectou que houve um crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho nos últimos 15 anos. De 1992 para cá, evoluiu de 56,7% para 64,0%, correspondendo a uma expansão de sete pontos percentuais. O relatório é da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que confirmou a trajetória ascendente e significativa do gênero. No entanto, os salários das mulheres ainda continuam menores e ainda há muita desigualdade em comparação com os homens.
A pesquisa confirma que ainda perduram expressivas desigualdades de gênero e raça no mercado de trabalho no Brasil que contribuem decisivamente para a persistência de significativos déficits de trabalho decente entre mulheres e negros. Em 2007, enquanto que a taxa de desemprego masculina era de 6,1% a feminina estava situada em 11,0%. Entre os trabalhadores brancos a taxa era de 7,3% ao passo em que entre os negros era de 9,3%.
A análise comparou o crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho não vem sendo acompanhada de uma redefinição das relações de gênero no âmbito das responsabilidades domésticas. Esse problema submete as trabalhadoras a uma dupla jornada de trabalho. Ao somarem as informações relativas às horas de trabalho dedicadas às tarefas domésticas com àquelas referentes à jornada exercida no trabalho remunerado, constata-se que, apesar da jornada semanal média das mulheres no mercado de trabalho ser inferior a dos homens (34,8 contra 42,7 horas), ao computar-se o trabalho realizado no âmbito doméstico, quer dizer, os afazeres domésticos, a jornada média semanal total feminina alcança 57,1 horas e ultrapassa em quase cinco horas a masculina (52,3 horas).
Mulheres! Essa é nossa realidade, mas de cabeça erguida continuemos lutando por melhores condições de trabalho!

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